segunda-feira, novembro 30, 2009

Dito Efeito




Radiohead/Mutantes/Samba/Wannabe é a melhor forma de dizer o que eu achei da banda. Vocal, ótimo! Instrumental? Ótimo! Boa banda? Não! Eu jamais compraria um CD e jamais ouviria no meu carro. Eles parecem trilha sonora de peça de teatro moderno. As músicas são grandes em sua maioria, em tamanho, e cheias de partes e "partes" e "partes"... Você não consegue ouvir uma vez e simpatizar com uma parte da letra ou da melodia, se ouvir duas, não  vai decorar um refrão. Ao contrário de Radiohead, que fazia um som análogo, mas que te convidava a alguns refrões, a banda se perde na ânsia de fazer algo diferente na mesma linha de inovadores, como Mutantes por exemplo, que misturavam sons e estilos magistralmente. As vezes me iludi quando senti uma mistura de radiohead com samba, mas depois não. "The Language que yo Hablo" achei a musica mais interessante e fica como dica para o leitor. No mais acho que eles, ainda, são escravos da influência e até que se libertem não vão fazer nada de realmente novo. Eu não quero uma tradução de radiohead/mutantes/whatever eu quero algo novo!

[]s

e sucesso!
Werther

7 comentários:

  1. Caro Werther

    Ouça Tranca Olho, esta não tem várias partes e não é tão longa,com ótimas guitarras e tempo impecável preste atenção.
    Gostei do comentário, mas como a banda tem integrantes muito jovens, a chance da tal libertação acntecer é grande.

    Um abraço

    Fábio Vietnica

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  2. Eu ouvi todas, "tranca olho" é bem radiohead. Boazinha though...

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  3. werther,

    acho que não é exatamente a proposta da banda ser assimilável a uma escuta desatenta, tal qual a feita num carro.

    uma das graças do som (ou a desgraça, como preferir) reside na dicotomia entre os elementos "pop", entendidos aqui como "de fácil aceitação" e o oposto, de elementos "não usuais" no rock "indie" ou "alternativo", que servem para causar um estranhamento no ouvinte.

    e acho que você poderia prestar mais atenção, quando diz sobre a influência de "samba":
    existe 'samba' numa única música, e por apenas seus 16 primeiros compassos! isso é até ironizado no release da banda.

    e sobre as paaaaaartes e mais partes, creio que seja um 'problema' justamente de uma das músicas que você mais gostou, a language yo hablo. influência de rock progressivo? será?

    gostaria que a discussão continuasse e chegasse a patamares mais profundos, pois gostei de ser criticado, acho que isso enriquece mais um trabalho. mas se formos pela via do gosto, não faz sentido discutir.

    ah!
    e eu achei engraçado o "wannabe" é tipo "prepotente"? eu acho que a banda é bem vaidosa sim... mas prepontente num sei. só quer o seu lugarzinho ao sol, um reconhecimento.

    valeu,
    abraço virtual
    kafé.

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  4. os caras mandam bem nos instrumentos, mas mandam muito!
    podia simplificar as músicas.. tem barulho demais!
    isso é legal fazer em uma música só.. em todas enxe o saco
    na curvas o vocal ta bem ruinzinho.
    that´s all

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  5. Olá Kafé, eu acredito que vocês fazem música buscando platéias, e quanto maiores melhor certamente, financeiramente isso é indispensável. Agora se for só pelo ego, assim mesmo, este se alimenta de atenção e novamente, quanto maior melhor. O que disse com o fato de vocês não terem elementos que alimentem a memória dos ouvintes é que isto pode tornar as músicas “desinteressantes”, ou pelo menos interessantes a um público demasiadamente “seleto”.

    []s
    e sucesso

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  6. Werther,

    acho que quase todo músico busca platéias. senão, todos eles tocariam em suas casas, reclusos. guando você se põe num palco, você está numa posição de prestígio, o que não quer dizer que você é melhor que ninguém, mas que você, ali em cima, tem algo a mostrar, algo relevante (que pode ou não ter valor pra quem assiste)
    não é por dinheiro que fazemos músicas.
    mas também acho que o som não é pura vaidade não. pra mim a coisa toda tem tesão.
    mas é fato: gostaríamos de agradar muitos gostos. é um defeito tão horroso assim, doutor?

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  7. Não é defeito, pra músico de palco é obrigação agradar. Existem músicos que fazem trilha sonora, música de fundo, como citei antes, música para teatro, pra opera etc... Esse tipo de música precisa ser mais complexa e dispensa refrão, "catchy phrases" e estrutura simples, etc... Pega o rock progressivo por exemplo, não é à toa que o pink floyd fez filme em cima das músicas, elas tinham outra intenção, era pra ser uma opera. Agora reforço, vocês se beneficiariam de um pouco mais de simplicidade na estrutura das músicas de vocês. É a minha opinião final. Espero ter ajudado

    []s
    e
    sucesso!

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